Boas noite nobre professora Cielo e caros colegas deste derradeiro semestre, eis me aqui,de livre e espontânea obrigação a estragar esta bela página blogeristica, criada caprichosa e caprichadamente pela nossa amada alessandra que para variar(sem trocadilho) está de para-bénsas."
Acompanham me neste acadêmico esforço,a quadrilha de seis formada pelos inefáveis: Fernanda,Antoniel,André,Marcos e quem vos escreve(tão destalentosamente)
Ernesto.é inútil dizer que a pagina de um Blog nos convida a escrever de modo despropositado se a finalidade é acadêmica ou não,ainda mais quando os ponteiros do relógio apontam para o inicio de um novo dia.esperando não ter ferido sensibilidades morfo sintáticas gramaticas e dramáticas, vou falar,agora é prá valer,sobre a Rainha Mab, ou será a Rainha Má?
A Rainha Mab é a Rainha das Fadas , segundo a lenda foi ela quem ensinou o mago Merlin a sua magia ,Mab Rainha das fadas da antiga religião Celta, que junto a sua irmã a “Dama do lago” fazem parte da velha tradição Céltica, comenta se que a Rainha Mab é aquela que traz os sonhos e através destes dá esperança e felicidade ; o seu véu azul tem efeito balsâmico quando cobre o rosto do homem que sofre (segundo um trecho do poema de Ruben Dario) aliviando suas dores e trazendo alegria e esperança.Capaz de revelar o passado presente e futuro, é quem trança as crinas dos cavalos de Elfo e deixa nos lares humanos duendes com aparência de nenês quando os rouba. Mab(culpável deste trabalho bloguistico) foi magistralmente descrita no discurso que Mercucio Profere na peça do universal Shakespeare.É bom que se saiba que este discurso –que fala da MAb- é motivo de amplo estudo dos especialistas em Shakespeare e um rito de passagens para os estudantes da matéria, pois a fala está cheia de simbolismo e imagens alegóricas , ainda que numa entretida leitura possa parecer que em pouco contribui com o desenvolvimento da peça.Não sei se é conveniente dizer que Mab (também é uma gíria para prostituta)e que não é bom quando está de mal humor, atazana a cabeça da mulheres que sonham com “beijos” e a sua imagem tem apelo sexual,(embora ela seja pequenininha)ao modo como ela é mostrada nos desenhos e na leitura que possa se fazer da fala de Romeu quando secreta para o amigo: -ontem tive um sonho “fumegante”- tem leituras que dizem que aquele “sonho” e induzido por drogas quando Romeu diz: Paz, paz Mercucio! Paz!
ROMEU - Tive um sonho esta noite.
MERCÚCIO - Oh! Eu também.
ROMEU - Sobre quê?
MERCÚCIO - Sonho algum verdade tem.
ROMEU - Quando dormimos tudo neles cabe.
MERCÚCIO - Oh! Visitou-vos a Rainha Mab.
BENVÓLIO - Quem é a Rainha Mab?
MERCÚCIO - É a parteira das fadas, que o tamanho não chega a ter de uma preciosa pedra no dedo indicador de alta pessoa. Viaja sempre puxada por parelha de pequeninos átomos, que pousam de través no nariz dos que dormitam. As longas pernas das aranhas servem-lhe de raios para as rodas; é a capota de asa de gafanhotos; os tirantes, das teias mais sutis; o colarzinho, de úmidos raios do luar prateado. O cabo do chicote é um pé de grilo; o próprio açoite, simples filamento. De cocheiro lhe serve um mosquitinho de casaco cinzento, que não chega nem à metade do pequeno bicho que nos dedos costuma arredondar-se das criadas preguiçosas. O carrinho de casca de avelã vazia, feito foi pelo esquilo ou pelo
mestre verme, que desde tempo imemorial o posto mantém de fabricante de carruagens para todas as fadas. Assim posta, noite após noite ela galopa pelo cérebro dos amantes que, então, sonham com coisas amorosas; pelos joelhos dos cortesãos, que com salamaleques a sonhar passam logo; pelos dedos dos advogados, que a sonhar começam com honorários; pelos belos lábios das jovens, que com beijos logo sonham, lábios que Mab, às vezes, irritada, deixa cheios de pústulas, por vê-los com o hálito estragado por confeitos. Por cima do nariz de um palaciano por vezes ela corre, farejando logo ele, em sonhos, um processo gordo. Com o rabinho enrolado de um pequeno leitão de dízimo, ela faz coceiras no nariz do vigário adormecido, que logo sonha com mais um presente. Na nuca de um soldado ela galopa, sonhando este com cortes de pescoço, ciladas, brechas, lâminas de Espanha e copázios bebidos à saúde, de cinco braças de alto. De repente, porém, estoura pelo ouvido dele, que estremece e desperta e, aterrorado, rezauma ou duas vezes e, de novo, põe-se a dormir. É a mesma Rainha Mab que a crina dos cavalos enredada deixa de noite e a cabeleira grácil dos elfos muda em sórdida melena que, destrançada, augura maus eventos. Essa é a bruxa que, estando as raparigas de costas, faz pressão no peito delas, ensinando-as,assim, como mulheres, a agüentar todo o peso dos maridos. É ela, ainda...
ROMEU - Paz, Mercúcio! Paz!
Muito Obrigado pelo espaço e Até.
texto adaptado de
http://vestidosestruturados.blogspot.com.br/
acesso em 02\09\2012 ás 02:09
Maravilha, Ernesto! Valew! Mas que super poderosa essa pequena Mab! Quando eu crescer serei como ela, hehe
ResponderExcluirBom dia a todos!
ResponderExcluirPor favor, postar respostas conforme comentários abaixo.
1) De que maneira o diretor do filme "Romeu e Julieta" reescreve a cena para a aproximar de um público do século vinte e um?
2) Que aspectos da peça nos ajuda a entender a referência à Rainha Mab? Responder e ilustrar com citações da peça.
Professora Cielo, fiz uma manifestação de impressão no "link": Romeo e Julieta: a cena do baile. obrigado
ExcluirBoa tarde.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirO diretor faz uma releitura utilizando elementos da prática social
Excluirdo século XXI, tais como,uso de ecstasy, música eletrônica, características de dança jovem contemporânea, uso de armas modernas, drag queen,caracterização da cultura punk no figurante inicial, aquário, segurança de terno etc
Interessante notar que ao conservar a proximidade à linguagem de Shakespeare, o filme causa estranheza no expectador da cena, uma quebra de expectativa própria da literatura moderna. Essa hibridez de elementos permanece fiel às características da literatura contemporânea o que legitima ainda mais a releitura do diretor.
Nesta cena, penso que o efeito da droga lembra as características de ação e influência da Rainha Mab. Sensação onírica vivida pelo personagem Romeu e indução ao amor deste para com a personagem Julieta.
Teste
ResponderExcluirProfessora Cielo e colegas, também fiz comentário sob "Mab", no link específico.
ResponderExcluirobrigado.
Como a Alessandra bem salientou, o filme Romeu + Julieta faz uma interpretação moderna da tragédia escrita por Shakespeare, portanto nós vemos um contexto bastante diferente daquele do século XVI: os cenários, as vestimentas, os objetos são aqueles com os quais nós já estamos familiarizados. O que eu considerei mais interessante nessa adaptação foi a sábia decisão de conservar os diálogos originais, pois mesmo em meio a arranha-céus, pistolas e cross-dressers, o texto de Shakespeare mantém a sua beleza e singularidade. Na minha opinião, o filme não teria o mesmo impacto caso as falas das personagens também sofressem alterações.
ResponderExcluirA Rainha Mab está associada aos sonhos. A longa descrição proferida pelo Mercúcio no Ato I, Cena IV, demonstra o efeito que a fada provoca nas pessoas: "[...] noite após noite ela galopa pelo/ cérebro dos amantes, que, então, sonham/ com coisas amorosas; pelos joelhos/ dos cortesãos, que com salamaleques/ a sonhar passam logo; pelos dedos/ dos advogados, que a sonhar começam/ com honorários; pelos belos lábios/ das jovens, que com beijos logo sonham [...]". Dessa forma, Mercúcio atribui à influência de Mab o sonho/premonição de que Romeu se queixou anteriormente.
Concordo com o comentário da Alessandra. O diretor transporta a disputa entre as famílias para o submundo do tráfico de drogas, a briga transformou-se numa disputa territórial entre as famílias.
ResponderExcluirQuanto a Romeu, ele continua sendo um jovem romântico, instável e pacífico. O efeito da Rainha Mab nele torna-se visível por meio dos efeitos das driogas, que o faz mais alegre e expressivo.
Shakespeare na peça "Sonho de uma noite de verão" trata dessas lendas (celtas?) numá história que lembra uma "comédia dos erros" conforme a prof. Janaína nos ensinou sobre esse gênero.
Ops, não tenho certeza quanto "ser ou não ser" uma comédia dos erros, só me lembrei das aulas de Latim. A Prof Cielo podia comentar se está certo ou errado?
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNesta adaptação, conforme já mencionado por colegas, a droga representa os sonhos criados pela Rainha Mab, naqueles que estão adormecidos. Ou seja, o elemento que alguém poderia até acreditar ser fuga, é na verdade o fato de cada indivíduo procurar aquilo que deseja e sempre encontrar o que procura. No entanto, a afirmativa anterior pode estar inexata. Afinal de contas, nessa incessante busca da felicidade suprema, alguém pode colocar-se em uma situação de extrema dificuldade e sem solução. Com o texto de Shakespeare, vemos estas questões do ser muito presentes ao decorrer que personagens representam seus papéis. Desta forma a escolha do texto transcorrer em tempos modernos funciona perfeitamente, pois há produções que devem ficar à disposição de diversas gerações.
ResponderExcluirUma das sábias frases de William Shakespeare: "All the world's a stage, And all the men and women merely players" - "Todo o mundo é um palco, e todos homens e mulheres são meramente personagens"
A rainha Mab e o sonho do Romeu
ResponderExcluirNa cena IV do primeiro ato, Mercúcio, amigo de Romeu, falando sobre sonhos, Mercúcio explicou a figura da rainha Mab (uma fada do folclore celta),de maneira brincalhona, mas ao mesmo tempo Shakespeare mostrou maravilhosamente, com a rainha Mab, a ambivalência da fada, que é capaz de se transformar em feiticeira:
Oh, vejo, pois, que a rainha Mab vos visitou.
Ela é a parteira das fadas, e quando aparece
A sua forma não é maior que uma pedra de ágata
No indicador de um almotacé
Puxada por um conjunto de pequenos átomos…
… é sempre esta mesma Mab
Que entrança a crina dos cavalos à noite
E com os seus cabelos viscosos
Fabrica nós mágicos
Que, desembaraçados, trazem grandes infortúnios.
É a feiticeira…
Olá a todos! Gostei muito das diferentes leituras, muito agudas!
ResponderExcluirRita, amanhã na aula de CLB vou comentar sobre a comédia de erros.
Now, I would like you to establish a relationship between "Romeo and Juliet" and Sonnet 116 by William Shakespeare that I am posting below:
SONNET 116
Let me not to the marriage of true minds
Admit impediments. Love is not love
Which alters when it alteration finds,
Or bends with the remover to remove:
O no! it is an ever-fixed mark
That looks on tempests and is never shaken;
It is the star to every wandering bark,
Whose worth's unknown, although his height be taken.
Love's not Time's fool, though rosy lips and cheeks
Within his bending sickle's compass come:
Love alters not with his brief hours and weeks,
But bears it out even to the edge of doom.
If this be error and upon me proved,
I never writ, nor no man ever loved.
1) Does the idea of love in play coincide with that in the sonnet?
2) According to Shakespeare, which is the really 'true love'?
3) What metaphors are used in the sonnet to convey this idea of true, unbending love?
De acordo com a apresentação dos videos, a adaptação de Shakespeare representa um diálogo que a obra faz com a geração existente. Os elementos de vestimenta, drogas e comportamentos pessoais revelam um traço da sociedade contemporânea e o diálogo entre os personagens nos transportam para a originalidade da obra.
ResponderExcluirO paralelo que pode ser traçado de fato é a utilização de drogas para representar os “efeitos que a Rainha Mab pode causar nos apaixonados”, além da utilização de armas de fogo, música eletrônica, um Romeo nada certinho: fumante, usuário de drogas e seus amigos que mais parecem gangsters. O filme Romeu e Julieta (1996) de fato nos faz ver a obra de Shakespeare de forma contemporânea. Outra coisa que não pude deixar de reparar em relação ao filme, os Capuletos e os Montecchios, possuíam servos e seguidores fiéis que defendiam seus ideais e faziam de tudo para provar que serviam o melhor “senhor”. Tal fidelidade, nos dias de hoje, me lembra a “devoção” de torcedores de times de futebol brasileiros que costumam se digladiar em “praça pública”.
ResponderExcluirÉ fácil traçar semelhanças, pois o filme foi muito bem adaptado para o público de hoje.
Ana Paula Nogueira.
A Rainha Mab, segundo a pesquisa do Ernesto "é aquela que traz os sonhos e através destes dá esperança e felicidade ; o seu véu azul tem efeito balsâmico quando cobre o rosto do homem que sofre (segundo um trecho do poema de Ruben Dario) aliviando suas dores e trazendo alegria e esperança"
ResponderExcluirRelendo esse texto, a peça e revendo o filme parece, realmente, que Romeu está tomado de esperanças e coragem no firme propósito de encontrar novamente Julieta. Seu semblante parece calmo mas sua angústia somente será desfeita com a alegre visão do rosto de sua amada.
Liliane Lima
ResponderExcluirA Rainha Mab é a fada das fadas, aquela que ensina aos outros o segredo da magia. em Romeu e Julieta, a Rainha está presente no sonho, por ser aquela que pode prever, presente, passado e futuro, o que na peça Shakesperiana tem a ver com o início da tragédia.
Heloisa Rocha Pires 10/11/2012
ResponderExcluirO amor para Shakespeare não admite impedimentos e não se altera quando os encontra. A metáfora usada é a da tempestade que não estremece, quando fala do amor!
O paralelo traçado por Braz Luhrmann com o original de Shakespeare é uma proposta de atualização da realidade vivida igualmente por adolescentes em todas as épocas. A idade da personagem de Romeo não difere da idade da personagem do protagonista Di Capprio e, para ambos, os autores fornecem os argumentos de suas respectivas épocas. Para Romeo, a comparação de seu entusiasmo com a visita e posterior influência da rainha Mab; para a personagem de Di Capprio ( o Romeo do século XX), a influência que irmana os membros que constituem uma "tribo", a saber, o uso de drogas, sensivelmente buscada como recurso que promove a transcendência da realidade.
ResponderExcluirMaria das dores
A rainha Mab é um elemento usado por Shakespeare para adiantar as cenas e até o fim da peça (ela tem o poder prever presente, passado e futuro) e o adiantamento da tragedia está estabelecido desde o início da peça (com o coro). Ele usa ela também mpara justificar a forma com que os apaixonados ficam, o que no filme é retratado como o efeito de uma droga no organismo de uma pessoa (o encoragando, deixando mais alegre e fora de sua orbita habitual).
ResponderExcluirHellen Pamela.
O que na obra original Shakespeare atribui a elemento mitológico-fantástico, no filme os devaneios e as "viagens" são produzidas por substâncias químicas que fazem as vezes da graciosa Rainha Mab.
ResponderExcluirSandra Severo