segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Hogarth



William Hogarth (1697-1764) foi um pintor, gravador e ilustrador inglês. Seu trabalho se estendeu de excelentes retratos realistas a histórias em quadrinhos como séries de imagens chamadas "assuntos morais modernos". Muito do seu trabalho, embora às vezes vicioso, satirizavam a política contemporânea e as alfândegas. Ilustrações de tal estilo são muitas vezes referidas como Hogartianas.




In Marriage à-la-mode, Hogarth challenges the ideal view that the rich live virtuous lives with a heavy satire on the notion of arranged marriages. In each piece, he shows the young couple and their family and acquaintances at their worst: engaging in affairs, drinking, gambling, and numerous other vices..

12 comentários:

  1. Comentário postado em "Garinsborough"

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  2. A pintura acima é uma representação "idealizada" da classe rica e poderosa do século XVIII. O que se vê é riqueza na ornamentação da casa, percebida nos inúmeros quadros na parede e riqueza nas vestes dos personagens. O momento retratado é de prazer, pois se trata de uma hora de lazer; tem harmonia porque estão todos felizes, e expressa requinte cultural porque eles leem, jogam, escrevem, enfim, sabem de coisas que poucos sabiam.
    Eu considero uma pintura "idealizada" porque o pintor fazia este tipo de cena para representá-los como pessoas muito especiais e educados, idealizando a forma de ser da burguesia.

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  3. Heloisa Rocha Pires 1 de novembro de 2012
    O ambiente é visivelmente o de uma família rica, onde o jovem casal parece distante e entediado, com os olhares fixos em direções opostas. Em uma leitura superficial, parecem pertencer à aristocracia, pelas roupas, perucas, quadros... Os senhores entretidos, não se importam com os outros, afinal de contas eles é que tinham arranjado o "marriage à la mode".

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  4. Esse segundo quadro me lembra uma passagem do livro Orgulho e Preconceito, no capítulo VIII, enquanto Lizzy estava em Meryton acompanhando Jane que estava doente:

    "O estado de Jane inspirava ainda sérios cuidados e Elizabeth não deixou a sua cabeceira senão muito tarde, quando, vendo-a a dormir, resolveu, mais por dever que por outra coisa, descer até à sala. Quando entrou, encontrou-os a todos na mesa de jogo e imediatamente foi convidada a juntar-se-lhes, mas, receando que jogassem caro, declinou o convite e, desculpando-se com a irmã e o pouco tempo disponível, disse preferir entreter-se com um livro. O Sr. Hurst não escondeu o seu espanto."

    A obra de Jane Austen retrata a aristocracia tão bem e tão fiel quanto à pintura de Hogarth.

    Acredito que para os aristocratas da época, a melhor maneira de gastar tanto dinheiro era com bebidas e apostas. E os casamentos arranjados eram nada mais que uma forma conveniente de juntar riquezas para que eles pudessem beber, jogassem e alimentarem ainda mais outros vícios.

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  5. No segundo quadro, William Hogarth faz uma crítica ao modo de vida burguês, as ostentação de seus adornos, trajes especiais, perucas, além de retratar os vícios, como cartas e bebidas. Bem lembrando pela Ana Paula a descrição da cena retratada no livro Orgulho e Preconceito.

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  6. Fernanda Marco Antonio7 de novembro de 2012 às 04:36

    Como foi dito em sala de aula, O Romance Orgulho e Preconceito de Jane Austin propõe uma sociedade equilibrada, um desejo de ordem.
    É o século da razão, do pensamento cartesiano- Descartes. O homem tinha a possibilidade de pensar, tinha o poder da razão, da verdade por ele mesmo.
    Para Jane Austin, quem possuía muito dinheiro teria a responsabilidade moral em dar exemplo a sociedade. O dinheiro era uma questão UNI PRESENTE na classe social aristocrata.

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  7. Em ambos quadros pode-se observar a presença de elementos pertencentes à classe mais abastada, que são roupas, decoração do ambiente e até mesmo o tipo de cão retratado na primeira figura. Em Orgulho e Preconceito, esta classe é considerada requisitada pelas moças que buscavam o casamento da época; voltado principalmente para a estabilidade financeira. De maneira alguma devemos condenar essa atitude, pois era uma outra realidade e, as mulheres tinham bem menos oportunidades do que atualmente (embora ainda não seja perfeito).

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  8. Fernando Ribeiro da Silva9 de novembro de 2012 às 07:36

    Acho interessante que no segundo quadro, meio que jogado ao chão é possível ver um pergaminho que se assemelha muito com a representação de uma árvore genealógica. Um preocupação muito comum nesta época, era não somente as aquisições de uma família mas também seu breço. Interessante ver isto representado neste quadro.

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  9. A escolha das perspectivas, tais como: o enquadramento do espaço, a opção por cores mais sóbrias, a disposição das imagens (a do animal em primeiro plano no primeiro quadro de Willian hogarth e os muitos cães ocupando o mesmo ambiente que as pessoas numa comemoração de casamento no segundo quadro) comprovam que, enquanto o mundo existir, os tempos (as épocas)mudam, mas os comportamentos sociais nem tanto, prevalecendo sempre as estratificações sociais denunciadas nas imagens, pelo pintor.

    Maria das Dores

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  10. No segundo quadro observa- se que são pessoas de alto status social, com uma renda anual estabilizada e uma classe social invejada. Esta classe social pertence a Mr. Darcy, Sr. Bingley e Lady Catherine. No quadro pode- se notar que estão praticando hábitos, ligeiramente Burguês, como ler livros, apreciar belos quadros. Os trajes também denunciam seu patamar social.

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  11. Ao observar o quadro podemos realizar a intertextualidade exatamente como os colegas realçaram em seus comentários. A cena do oitavo capítulo do livro de Jane Austin aparece logo em nossa memória, retratando exatamente o momento em que Elizabeth deixa sua irmã no quarto e desce até a sala de estar da família Bingley e se depara com os seus anfitriões reunidos jogando. Tal expressão revela exatamente um dos costumes da época na burguesia inglesa que se entretinham dessa forma.
    (Rafael Oliveira)

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  12. A pintura acima foi tema de debates sociais ao longo do sec. XVIII, pois a obra dividida em seis quadros mostrava o casamento por contrato e não o amor entre os estratos sociais elevados.

    Diego Candido

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